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Toada De Ronda

Noel Guarany

Ronda mansa... Noite linda!
Baio branco está o luar
Rondando o segundo quarto
Companheiros vou cantar:

lindo uma comitiva
quando se vai fazer tropa:
Poncho e laço, galho atado
chapéu batido na copa.

E a cavalhada por diante,
e os pingos barbeando o freio.
Charla a indiada estrada afora
“imté”o primeiro rodeio.

Quando ela estoura na ronda,
sem medo o pachola espicho!
Que ele sabe onde hay buraco
pela catinga dos “bichos”.

Meu morito orelha- curta
sabe como é que se “faiz”
Se o boi pula, pula...junto,
não se apartam nunca mais.

Venha... venha... venha, boi!
abro o peito nas estradas.
Venha boi... ai ! venha... venha!
e a tropa marcha encordoada.

E eu chamo tranco do alegre
-chapéu torto, pala ao vento,
Mais “home” que um comandante
na frente de um regimento.

Opa... opa... marcha... marcha...
E, na primeira porteira
E só no mais... talha... talha!
no meio da polvadeira.

Meu pangaré- malacara
-com a cavalhada na ponta-
Se empina e atira e não para:
“quase me faz errar a conta”.

No meu tordilho gadelha,
que é um peixe em que coube arreio
Largo tropa “inté” no mar,
tanto faz baixo ou bem cheio.

Ah! uma quadrilha macota
é o galardão do tropeiro
Sai dos pagos missioneiros
chega escarseando em Pelotas...






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