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Bola Salivante

No Apartheid

Não acredito no que vejo
Não tenho forças pra matar
Nem muita grana pra gastar com a fome fria
Das crianças famintas
Estão entrando na independência
Entrando na maior roubada
Só jah sabe consciente
Da onda que passou e eu não peguei
O amor se foi
Ficou só o egoísmo e o ódio
E o mais puro sentimento da criança
A raiva indefesa
O pesadelo a desilusão
Na descrença pela fome insaciada
Da bola salivante
Babando no desespero
Da comida que não tem
Eles não tem não, não tem não
Se quer um pedaço de pão
Eles não tem não, não tem não
Não tem o que comer






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