De servente de pedreiro
Trabalhei o ano inteiro
Pra cuidar da minha bela
Foi na lata e na enxada
Que eu ajeitava a bolada
Mandava tudo pra ela
Pra fazer economia
Comia uma vez por dia
Afinei o meu pescoço
Feriado, hora extra.
Ai meu Deus como eu fui besta
Fiquei o couro e o osso
Nem morra seco de saudade dela
Vai me pagar tudo sem choro e sem vela
Eu que até doente trabalhei na marra e ela na farra
Kenga sem vergonha piranha de rua
Procure outro trouxa pra cair na sua
Rapou o dinheiro da minha poupança
Cansei dessa dança.