A vida é como um cristal
pronto para se quebrar
E isso ninguém mudará
O homem não come, consome a violência
que já está banal para criticar
O horror, o ódio, a pena, essa destruição
um dia pro inferno nos levará
Qualquer lugar, qualquer espaço,
a qualquer preço
o mundo inteiro irá pagar
Se à violência se responder com violência
Iremos todos, sem retorno, para o caos
A chuva dos crimes humanos
é como um temporal
que está prestes a nos molhar
Fechar os olhos, fazer descaso
é andar descalço
para qualquer caco no pé entrar
A cada dia, a cada mês, a cada ano
a brutalidade se difundirá
A luz, a paz, a fé, a compaixão
são utopias para se chorar