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O Homem Comum

NDR Hardcore

A vista cansada do expediente é difícil de ver para além do comum
A jaula invisível da conta-corrente te deixa dormente e és tu só mais um
Não consegue pensar
Agride insiste não aceita ideia oprime tem sempre uma opinião
Havia em si mais de duas cabeças, mas sinceridade e verdade não
Não consegue pensar (não consegue pensar)

Todo aquele que dorme acordado defende o mito em comum
Grita tão forte o que é fraco e opaco amargo apagado e sem brilho nenhum
E grita tão certo o que nunca entendeu e vive uma vida inteira omisso
Dormindo e com medo do seu pesadelo o espelho do ego em si refletindo

A força do verbo que há de instruir o limbo real a população
A paz a poder na manifestação de dentro para fora
A força do verbo é o que há de instruir o limbo real a população
A paz a poder na manifestação de dentro para fora o mundo é construção

Todos aqueles que dormem operários
Que um dia se rebelarão prum mundo de livros
De mãos e irmãos amigos amores sem nenhum patrão
Contra o aparelho reprodutor de corpos iguais normais homens dóceis

Que escondem segredos por medo
E por dor são frágeis demais são mortais que não ouvem
As vozes do logos que acessam o devir e cantam um refrão: Emancipação!
Capaz de conter o poder da opressão
De tempos de outros com tinta nas mãos
A força da arte é o que há de instruir o limbo real a população
A paz a poder na manifestação de dentro pra fora o mundo é construção

O corte da navalha no peito vem do arrependimento
Das coisas a que deixei para trás por medo de tentar
E agora eu sinto o peso do medo do mundo em movimento
Marcado por remorso e tormento estou no meu velório a chorar






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