Deixo aberta a porta desses meus olhos
Abro a janela das minhas mãos
Entre as pernas, entre e roube meu colo
Nesse lugar cabe um ladrão
Dentro dessa casa sobram os móveis
Nos lençóis que envolvem o meu colchão
Entre as pernas, deite sobre o meu colo
Nesse lugar, nessa imensidão
Faça sua sede
Mate a minha sede
Coma a minha fome
Com o seu nome
Tome o seu lugar
Tendo o nome que eu não sei chamar
Dentre os homens está em último lugar
Quente o inferno, invente o inverno e o verão
Semente latente, surpreendentemente enfrente o que nao há
Leio a sua mente
Seja a minha lente
Como a sua fome
Com o meu nome
Tome o seu lugar
Feche a porta e me tranque no cofre
Nessa cela no mais fundo porão
Impeça o acesso, enterre no subsolo
Nesse lugar, minha dedicação
Aprendo o seu nome que eu não vou chamar
Somem os homens, estão em último lugar
Quente o inverno eterno sem comclusão
Somente cadente, displicentemente invente o que não há
Faça a sua sede
Mate a minha sede
Coma a minha fome
Com o seu nome
Leio a sua mente
Seja a minha lente
Como a sua fome
Com o meu nome
Tome o seu lugar