Deus do céu
Para onde que foi tudo que perdi?
Vai pro céu
Quem não acha nesse mundo o seu (um) lugar?
Adeus e o céu
É o balcão da eternidade achada e perdida?
Fez inverno
no verão da vida de quem não encontraremos mais?
Desse resto
que sobrou na imensidão do amor partido
desse mar
que o sertão irreversível não vai molhar
desce o véu
do matrimônio em viuvez enegrecida
um deserto
vastidão muda de sino a badalar
Quem me ajuda a trazer
as estrelas e a lua pra essa noite
Quem tem fome e deseja
comer cada nuvem no céu
É muito bom bom bom
Mas sem perder o tom
que faz cantar e amar
A eternidade
é madrugada
ainda
na eternidade
a madrugada
é linda