Quando eu vivia nos prazeres da orgia
Foi nesta vida que o amor eu conheci
Amei demais uma flor da boemia
E esquecê-la nunca mais eu consegui.
Durou tão pouco a minha felicidade
Vivendo ao lado da mulher que eu tanto quis
Nunca pensava que a negra falsidade
Me transformasse num boêmio infeliz.
Seus lindos lábios para mim não confessavam
Seu desejo de voltar ao lar antigo
Porem seus olhos me olhando revelavam
Que o compromisso era o seu maior castigo.
Foi dos meus braços para os braços do destino
Viver de novo ao calor da liberdade
Enquanto ela é a deusa do cassino
Eu sou apenas um boêmio da saudade.