Hoje pela manhã tivemos conhecimento da produção de um novo “Destructive Device”, o termo americano comumente usado para definir “dispositivos de destruição” ganha evidência no novo trabalho da banda MindFlow. Mais do que um álbum carregado de ideologia e crítica social, com letras e temas agressivos e em constante ebulição, o dispositivo é um dos indícios para a descoberta de uma trama bem organizada. O roteiro, que preserva a linha e o estilo musical do conjunto, assume um visual mais clássico, mas não dispensa algumas de suas principais características: uma linguagem jovem, moderna e inovadora, que mantém unidas a contundência e a excelência musical dos seus misteriosos integrantes. Sem parâmetros ou regras, o estilo é movido pela energia latente do grupo e do seu público, que pode, entre uma faixa e outra, desvendar os segredos de uma organização provocadora ou ambientar o ouvinte a um lugar onde a adrenalina rege as ações humanas.
Uma investigação mais minuciosa vai constatar que por trás da criação deste “dispositivo de destruição”, há o envolvimento direto de um renomado produtor musical americano. Ben Grosse é um dos responsáveis pela produção, gravação e mixagem deste novo dispositivo. O produtor também já havia assumido a autoria de ações com outros grupos perturbadores do convencional. Dentre eles: Marilyn Manson; Slipknot; Disturbed; Breaking Benjamin; e Sevendust. Sabe-se também, que produzir um dispositivo para interagir com os sentidos na velocidade do som demanda muita tecnologia e um laboratório com uma boa estrutura. Há registros de que partes do disco, mais precisamente, baixo, bateria e teclados, foram gravadas em São Paulo mesmo, no Mosh Studios, um dos mais equipados do Brasil. As outras partes, vozes, guitarra e mixagens, foram realizadas no The Mix Room, estúdio internacionalmente conhecido e situado em Los Angeles. Ambas bem sucedidas e acompanhadas passo-a-passo pela presença e sensibilidade de Grosse.
Mexer com a imaginação e a percepção alheia é um outro estilo que o MindFlow sustenta desde 2003, ano da criação da banda e que precedeu ao lançamento do primeiro álbum do grupo “Just the two of us... me and Them” (2004), CD que ficou marcado como o álbum mais vendido da sua gravadora na Espanha, após ser lançado em mais de 60 países.
Com a boa expressão do grupo no exterior, ainda em 2004 foi realizada a primeira turnê mundial Let Your MindFlow, momento em que o primeiro trabalho foi considerado “um dos melhores álbuns de rock progressivo de todos os tempos” pelo site wisemenpromotions.com.
Zelando pelo respeito às contundentes produções, nasce em 2006 o novo trabalho “Mind over Body”, o segundo “Fluxo de Pensamento”, que por si só, está além do corpo, do físico e do real, explora o imaginário e uma forma inusitada de curtir o som. Estilo responsável por provocar uma nova sensação a cada faixa, mais do que uma passagem de ida para o autoconhecimento, um experimento de 80 minutos. Álbum que por dois meses consecutivos esteve entre os cinco CDs de rock mais vendidos no Brasil, na Alemanha e na Espanha, além de ter sido considerado o melhor disco de rock progressivo do ano no Brasil e EUA. É neste trabalho também, que surgem as primeiras pistas para revelar um dos coadjuvantes da nova trama. Um sexto integrante, outro responsável pela imposição de dúvidas e a instauração de mais mistérios. Um serial killer, que a exemplo do lançamento anterior, vai conviver em um mundo virtual desafiando a dedução dos detetives sobre os crimes mais hediondos da humanidade.
A nova edição do Alternate Reality Game (ARG), “Follow Your Instinct”, entra no ar logo após o lançamento do "Destructive Device”. Porém, será preciso muita persistência para resolver os novos casos em menos de um ano e dois meses. Foi este o tempo de duração do último mistério, um período que movimentou mais de três mil detetives e os organizou em comunidades virtuais até a solução final dos casos.
O sucesso entretanto, não é fruto do acaso, mas da criatividade e experiência do grupo. Desde 2004, somam-se duas turnês na Europa, uma na Ásia, e outra na América do Norte. Aparições registradas em festivais como o 2° Duryu Rock Festival e E– Sports Festival, da Coréia do Sul. Na Espanha, o grupo participou do Prog Metal Fest, festival itinerante que passou por quatro cidades: Madrid, Palência, Barcelona e Girona.
Ainda em âmbito europeu, o MindFlow tocou em festivais como Metal Heart Festival, da Noruega, no Cambridge Rock Festival, da Inglaterra e realizou um show na Bélgica, Spirit of 66.
Só nos Estados Unidos, foram 10 shows no total e entre os mais importantes estão o Monsters of Rock; Texas Mad Festival; e Blastzone Festival.
No Brasil, o conjunto se apresentou por todo o país, marcou presença em eventos importantes como o festival Live’N’Louder Rock Fest 2006, na Arena Skol Anhembi, em São Paulo – o maior festival de rock da América Latina ¬– e já subiu ao palco das casas de shows brasileiras como o Directv Music Hall (hoje Citibank Music Hall), o Via Funchal e o Victoria Hall.
Tanta expressão já é a prova mais evidente de que as relações entre MindFlow e mundo já foram estabelecidas. Parece que é chegada a hora de os homens descobrirem os enigmas, os efeitos e o que realmente se tornou o “Destructive Device”.