- Mariama,
Iya, Iya, ô,
Mão do Bom Senhor!
Maria Mulata,
Maria daquela
colônia favela
que foi Nazaré.
Morena formosa,
Mater dolorosa,
Sinhá vitoriosa,
Rosário dos pretos mistérios da Fé.
Mãe do Santo, Santa,
Comadre de tantas,
liberta mulhé.
Pobre do Presépio, Forte do Calvário,
Saravá da Páscoa de Ressurreição,
Roseira e corrente do nosso Rosário,
Fiel Companheira da Libertação.
Por teu Ventre Livre, que é o verdadeiro,
pois nos gera livres no Libertador,
acalanta o Povo que está em cativeiro,
Mucama Senhora e Mãe do Senhor.
Canta sobre o Morro tua Profecia,
que derruba os ricos e os grandes, Maria.
Ergue os submetidos, marca os renegados,
samba na alegria dos pés congregados.
Encoraja os gritos, acende os olhares,
ajunta os escravos em novos Palmares.
Desce novamente às redes da vida
do teu Povo Negro, Negra Aparecida!