Sou um vaqueiro matuto
Tenho um cavalo campeiro
Eu sou massa com o gado
Da caatinga ao tabuleiro
Sou pegas de vaquejada
Tenho minha raça marcada
No aboio de vaqueiro
Sou poeta cantador
No pontear do violeiro
De guarda, atento e gibão
Me inspiro o ano inteiro
Nas entranhas de poeira
Qual o sol de um novo dia
No aboio de vaqueiro
Eu sou sertão sofrido
Mas de um povo hospitaleiro
Que faz da vida a cantiga
Briquitando o ano inteiro
Um catrumano valente
Que sobrevive contente
No aboio do vaqueiro
Peço licença ao meu povo
Pra dar minha descrição
Nessa simples homenagem
Que faço com o coração
Que vem do fundo da alma
Com força e muita calma
Sem negar minha tradição