De quê minha adianta, viver na cidade.
Se a felicidade não me acompanhar.
Adeus paulistinha, do meu coração.
Lá pro meu sertão eu quero voltar.
Ver as madrugadas, quando a passarada.
Fazendo alvorada começa a cantar.
Com satisfação, arreio o burrão.
Cortando o estradão saio a galopar.
E vou escutando, o gado berrando.
Sabiá cantando no Jequitibá.
Pra minha mãezinha já telegrafei.
E já me cansei... de tanto sofrer.
Essa madrugada estarei de partida.
Pra terra querida que me viu nascer.
Já ouço sonhando, o galo cantando.
O nhambu piando no escurecer.
A lua prateada, clareando a estrada.
A relva molhada desde o anoitecer.
Eu preciso ir, pra ver tudo ali.
Foi lá que nasci, e lá quero morrer.