Biografia de Metalium
Em 1998 um baixista alemão totalmente dedicado ao metal chamado Lars Ratz (ex- Zed Yago e Velvet Viper) teve a idéia de formar uma banda que tivesse como principal compromisso o metal. Sua preucupação agora seria a de achar as pessoas certas para formar esse grupo.
Assim o Lars encontra com figuras já conhecidas do público headbanger, o guitarrista Chris Caffery (Savatage) e o baterista Mike Terrana (Malmsteen, Rage) e a idéia do "projeto" começou a tomar forma. Lars os apresentou para o seu velho amigo e guitarrista Matthias Lange e ao jovem vocalista Henning Basse que tocava em uma banda cover do Iron Maiden chamada Powerslave, já tinha tocado ao vivo com o Brainstorm e que o Lars tinha conhecido em uma turnê conjunta quando tocava em uma banda cover do Kiss. E dessa forma nascia as raízes do Metalium, cujo nome é a união das palavras 'Metal' e 'Millennium'.
A banda assim, e antes mesmo de lançar o primeiro álbum, consegue uma aparição no "Tribute to Accept" lançado pela gravadora Nuclear Blast com a música "Burning". Ainda em estúdio eles escrevem outras 3 músicas: "Fight", "Break the Spell" e "Strike Down the Heathens" e dessa forma acabam com uma demo de 4 faixas pronta para divulgação.
Imediatamente a demo chama a atenção das gravadoras e desta forma o Metalium assina seu contrato para a gravação do seu primeiro álbum.
Produzido pelo próprio Lars Ratz, o debut do conjunto "Millennium Metal - Chapter I" foi o debut metal mais vendido de 1999, a banda foi eleita revelação do ano em vários países e o vocalista Henning Basse, que em breve seria considerado um dos principais vocalista da cena metal da Europa, é considerado pela revista alemã 'Rock Hard' como a maior revelação vocal dos últimos 10 anos, inclusive indo para os EUA onde fez audições para o conceituado projeto Transiberian Orchestra onde só precisou cantar por 10 minutos para ganhar o posto!
'Millennium Metal' pode ser facilmente tido como um clássico dessa nova geração de bandas aparecidas a partir da segunda metade dos anos 90, cheio do peso e da agressividade metálica oitentista (Fight, Metalians) e ainda recheado de melodias (Metalium, Free Forever). Somando-se a isso a performance incrível de cada um dos músicos. Vale ressaltar que o então guitarrista do Helloween, Roland Grapow, participou do álbum com um solo. O álbum ainda trás um cover para 'Smoke on the Water' do Deep Purple.
Empurrada pelo sucesso repentino a banda agora se preparava para sua primeira turnê européia junto com os alemãs do Primal Fear e os finlandeses do Sinergy, turnê essa que também contou com sua participação em muitos Festivais em vários países e inclusive no já legendário Wacken Open Air, considerado o maior festival metálico do mundo na atualidade.
Após essa turnê o guitarrista Chris Caffery e o baterista Mike Terrana deixam a banda por muito motivos entre eles seus próprios projetos. Assim a banda não perde tempo e efetiva o guitarrista Jack Frost (Seven Witches) e o baterista Mark Cross (Helloween, Magna Carta...).
Nesta mesma época o então baterista do Helloween Uli Kush resolve formar uma banda onde ele tocaria e gravaria os grandes clássicos da legendária banda Rainbow. Para isso juntou-se com o guitarrista Guido Bugenstock, o tecladista Markus Glossner e o baixista Frank Hellmuth. O vocalista escolhido para o projeto foi ninguém menos que o Henning Basse, que na mini-biografia que existe sobre o projeto no site oficial do Helloween é considerado como 'o ponto alto' do projeto. O álbum, chamado Catch The Rainbow, ainda conta com a participação de todos os integrantes do Helloween naquela época: o Andi Deris, Michael Weikath, Roland Grapow e o Markus Grosskopf, assim como o Henjo Richter do Gamma Ray, o Ralf Schepeers do Primal Fear e mais outros músicos da cena alemã.
Bem, mas voltando ao Metalium, com o novo line-up eles entram em estúdio pra gravar o álbum que viria a os consagrar de uma vez por todas. Em 2000 é lançado "State of Triumph- Chapter II" e que ainda hoje é tido como um dos álbuns favorito dos seus fãs. A agressividade, o peso, melodia e técnica características da banda continuam presentes junto a isso uma evolução pra um estilo próprio que eles mantêm até hoje. Músicas como 'Steel Avenger', 'Years Of Darion', 'Inner Sight' e 'State Of Triumph' entre outras provam que o sucesso da banda um ano antes não foi mero fato inexplicável. E mais uma vez o vocalista Henning Basse deixa todos atônicos com sua altamente versátil voz que conta com um alcance vocal assustador. O álbum ainda trás como participação especial o ex-Rainbow Paul Morris nos teclados e como cover 'Music was my First Love' do John Miles.
E a banda entra então para uma maior turnê por toda a Europa junto ao grupo alemão Avalon e toca como de costume em vários festivais europeus entre eles o Wacken Open Air na Alemanha, o Sweden Rock Festival na Suécia e o Gods of Metal em Milão, Itália.
No meio da turnê o guitarrista Jack Frost deixa o Metalium após receber um convite para se juntar ao Savatage e então a banda recruta o velho amigo e guitarrista do Primal Fear e Sinner, Tom Neuman, para os últimos festivais e últimos afazeres. Para fechar a turnê com chave (ou espada) de ouro a banda lança seu primeiro dvd, "Metalian Attack- Part 1", que possui entre outras coisas imagens das 2 turnês européias da banda inclusive nos Festivais, shows, cenas dos bastidores, entrevistas, fãs, imagens de estúdio e da concepção do conceito por trás dos álbuns da banda (o já famoso Metalian). O dvd também vem com um cd com 6 músicas ao vivo da última turnê e ainda trás como bônus uma versão de voz e piano de "Dust in the Wind" do Kansas. E como se isso ainda não bastasse o pacote ainda trás o 'Metalian-comic' com 40 páginas contando a história do guerreiro Metalian nos primeiros 2 álbuns e uma pequena prévia do que viria a acontecer no próximo.
Após essa turnê, a banda alemã Helloween perde 2 de seus músicos e assim os remanescentes da banda resolvem recrutar o Mark Cross para as baquetas. Após conversar com banda o cara tem todo o apoio para deixar o Metalium e se juntar as abóboras alemães, o que acabou nem se concretizando pois Mark adquiriu uma doênça (mononucleosis em Inglês) que o impossibilitava de tocar. Ainda assim ele gravou 2 músicas no álbum Rabbits Don't Come Easy.
Dessa forma o Metalium não deixa a peteca cair e chama o baterista Michael Ehré (Pryer, Murder One) e o Matthias decide segurar todas as pontas das guitarras sozinho. E assim a banda entra mais uma vez em estúdio pra gravar seu novo cd "Hero Nation- Chapter III", mais um vez produzido pelo líder Lars. Ainda composto pelos ingredientes originais do Metalium e as habilidades vocais incontestáveis do Henning Basse, o álbum traz a trama do Metalian que com a ajuda dos fãs de todo o mundo ajudou na nova concepção da sua nova história. O guerreiro vive através da re-incarNATION diversos personagens da história antiga do mundo, entre eles: El Cid (Espanha), Nero (Itália), Rasputin (Rússia), Odin (Escandinávia), Joanna D'ark (França), Loreney (Alemanha), os Incas (América do Sul), Odisseus (Grécia) e Romeu e Julieta do clássico de William Shakespeare. Com músicas de alta qualidade como 'Revenge of Tizona', 'Rasputin', 'Odyssey' e a grande 'Odin's Spell' (considerada pela própria banda como um grande passo na sua carreira!) o álbum alcança mais uma vez sucesso entre os fãs e a crítica.
Como participantes especiais o cd traz os tecladistas Don Airey (Rainbow, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Black Sabbath, Deep Purple), o Ken Hensley (Uriah Heep) e a fantástica soprano alemã Carolin Fortenbacher que faz um dueto com o Henning na tocante balada 'Infinite Love' ambos no papel do Romeu e da Julieta. Como cover os fãs têm 'Heart Of A Tiger' que foi gravada a convite para um lutador de boxe alemão que é uma verdadeira lenda naquele país.
O álbum ainda traz um cd bônus com 2 músicas ao vivo 'Dream of Doom' e 'Smoke on the Water' (Deep Purple) e como faixa multimídia um vídeo extraído de dvd 'Metalian Attack' para a já clássica 'Fight', entre muitos papéis de paredes e algo muito interessante para os fãs. Clicando na foto dos músicos e dos demais participantes você pode ouvir um áudio deles tocando seus instrumentos individualmente!
Durante esse período o Lars Ratz foi considerado pela revista KEERANG como o 4º melhor baixista internacional de 2002, ficando atrás apenas do Steve Harris (Iron Maiden), do Joey Demaio (Manowar) e do Jason Newsted (Metallica).
Desta forma a banda sai em turnê pela Europa novamente, desta vez com os austríacos do Edenbridge e os italianos do Domine e mais uma vez tem sua participação garantida nos grandes festivais do verão europeu.
O Metalium também é uma banda bastante lembrada para concepção de tributos a grandes bandas. Fora o já citado tributo ao Accept com 'Burning' a banda participou dos tributos ao Helloween com 'Ride the Sky', ao Scorpions com 'Another Piece of Meat', ao Abba com 'Thank You For The Music' e ao Uriah Heep em uma versão ao vivo de 'Gypsy' que conta inclusive com a participação do tecladista da banda Ken Hensley.
No início de 2003 a banda avisa que estava trabalhando no seu próximo álbum, que se chamaria "As One - Chapter IV" e que seria lançado até o final do mesmo ano. Com a promessa de trazer um Metalium melhor do que nunca, o álbum seria o primeiro que contaria com o mesmo line-up do cd anterior e a maior canção já composta pelo conjunto que possuiria 13 minutos e até um solo de baixo. As partes de teclado seriam mais uma vez tocadas pelo experiente Don Airey.
Sobre o nome do álbum existe uma explicação interessante. Os fãs mais atentos perceberam que na música 'Hero Nation' no álbum anterior existe um verso escondido que diz: "There is more to come! The next stage will make us As One!", traduzindo para o Português: "Há mais por vir! A próxima etapa nos fará Como Um!", vindo daí o título do álbum. E segundo o próprio Lars Ratz, esse que vos escreve foi o PRIMEIRO fã a perceber isso e a colocar no Fórum do site oficial do conjunto www.metalium.de.
Durante todo o processo de gravação os fãs acompanharam tudo o que estava acontecendo por pequenos vídeos que a banda disponibilizava no seu site oficial. Esse novo álbum prometia umas coisas diferentes em relação aos seus cds anteriores: pela primeira vez a banda não iria incluir um cover no cd. O motivo explicado pelo Lars Ratz foi que bandas começaram a tocar Steel Avenger na Espanha (!). E outra mudança seria no conceito do álbum, que ao invés do já famoso Metalian a banda resolveu adicionar um personagem feminino, batizada Metaliana. Assim como no álbum anterior o espírito do(a) guerreiro(a) iria encarnar em personagens históricos e mitológicos e que desta vez seriam apenas mulheres malévolas. Desta forma nós temos músicas sobre a Medusa, a Pandora, a cobra de 9 cabeças Hydra e as deusas mitológicas Athena e Afrodite e outras sobre a Metaliana individualmente.
Por causa desta adição a banda resolveu convocar uma vocalista para interpretar o personagem da nova guerreira. Vindo com uma escolha totalmente inusitada, eles chamaram a então desconhecida vocalista de metal japonesa Saeko. Oriunda da cidade japonesa de Osaka, ela se mudou para cidade natal da banda Hamburgo, Alemanha para dedicar-se totalmente ao metal. Além disso, o próprio Lars estava produzindo o primeiro cd da sua banda e o seu professor particular de técnica vocal era ninguém menos que o próprio Henning Basse, fazendo ela cair como uma verdadeira luva no personagem da Metaliana.
O álbum é sem dúvida alguma o melhor do Metalium até agora! Tudo o que fez a banda ser conhecida e, acima de tudo, respeitada na cena metálica mundial continua lá, mas de forma altamente desenvolvida e aperfeiçoada! Algo também incontestável foi a evolução dos músicos: o Henning Basse realmente superou-se e está no rol dos grandes vocalistas de metal de todos os tempos! Sua voz altamente técnica e versátil viaja da melodia à linhas muito agressivas, assim como aos tons realmente altos, tudo isso de forma arrepiante e muito energética. Ele canta como todo vocalista de heavy metal deve cantar e é um vocalista metal por excelência. O guitarrista Matthias Lange compôs realmente os melhores riffs de sua carreira e é impressionante como ele é capaz de segurar as pontas das guitarras sozinho! É pesado, agressivo, melódico e altamente técnico. Já o baterista Michael Ehré, que teve a difícil tarefa de substituir 2 bateristas de grande qualidade como o Mike Terrana e o Mark Cross, surpreendeu a todos com uma performance matadora no novo álbum. E sobre o grande Lars Ratz realmente não se tem palavras. Não apenas ele é um baixista monstruoso, com linhas de baixo destruidoras, mas também se mostra um compositor de mão cheia e um fantástico produtor!
Músicas como Warrior, Pain Crawls In The Night, Illuminated, Athena e As One cairam de imediato no gosto dos fãs!
Dessa forma a banda começa a nova turnê chamada Wacken Road Show 2004 com os também alemãs do Primal Fear, Freedom Call e Dark Age. O primeira perna da turnê seria pela Suécia, Alemanha, Itália e Áustria.