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Festa de Camelo

Max B.O

Eles gostam dos jogos, mas não sabem o jogo
Sem a classe de um Fla-Flu, são mais bota fogo
E mesmo sem queimar
Sempre tão queimando um fogo do mal na saliva
Chicote do zum-zum-zum
Vejo uns no pé da serra indo pra cima em racho
Aqui do meio percebo, não olham pra baixo
E ainda usam os de baixo pra se manterem em cima
Distribuem santinhos e contribuem com rimas
Ocupam a cota certa de escravos na casa grande
Com muita grana pra que a coisa não desande
Daqui a pouco vem outro, nesse lugar já vi vários
Começam bola da vez, terminam "eis os otários"
Eu ein, deixa no gelo
Voamos baixo, voando sempre, sem desmantê-lo
É bom não ostentar água em é festa de camelo
Quem não é trás mágoa a toa e quem não é trás o cabelo

Quem não é trás mágoa a toa, mas quem não
Quem não é cabelo avoa

Palavras bem enroladas, dialeto das quebradas
E a glória de ainda ser eu depois de glórias passadas
Eu não vendo auto-estima, digo a verdade e mais nada
E tem muito rei pra pouca terra conquistada
Pera aí, abre aspas, rei, fecha aspas
Pois perto do que fez, eles não passam de raspas
Uns tem mais, outros menos, mas todos no corre
E eu transmito ao vivo as ofertas do mato ou morre
Giro pela cidade até quando tô dormindo
Sonhos e pesadelos dizem por onde to indo
E eu vou indo e indo, subindo, subindo
Eu detesto partir, sou melhor repartindo
Baseado em papéis sempre de boa texturas
Onde ponho minhas ideias, plateias pra minha loucura
Já fui bom com cartéis, mas a ciência é mais pura
Ser louco sem ter fiéis e sem perder a postura

Cê sabe, é só deixar cair
Pois que é é e não trás mágoa a toa
Mas quem não é ha ha
Quem não é cabelo avoa

Se sabe, Wzy na produção
É bom não ostentar água em festa de camelo
Tim-tim






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