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O Laço

Mauro Moraes

Distender-se céu afora como pudera este braço
Em busca das aspas, ágeis gaudérias quando disparam;
Que elo de ligação fecharia esse contato?

O laço é só movimento quando se rasga em armada
E canta no reboleio girando sobre o cavalo,
Até que parte ao destino que a mão libera em certeza,
Como uma cobra gigante em busca de sua presa.

Agora o laço é de golpe no entreparar do cavalo,
Montaria e perseguido por ele ficam ligados,
No seu metro medem forças o laçador e o laçado.

Que guapas são essas braças, esses tentos bem trançados,
Que têm a boca de ferro, longo corpo enrodilhado,
Para fazer cara-volta no touro mais afamado.

Quatro tentos resistentes que um dia foram do boi,
Hoje contra o boi se voltam no encalço do que se vai;
Unidos se multiplicam, trançados não partem mais.






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