Mauro Celso nasceu em 1951 na cidade de São José do Rio Pardo, em São Paulo. O cantor ficou famoso em 1975 após participar da segunda eliminatória do festival Abertura, da TV Globo.
Enquanto cantava Farofa-fá, o público do festival delirava com o ritmo alegre e cantavam simultaneamente a música despretensiosa de Mauro Celso. Os jurados não gostaram da letra de Mauro, preferiram Carlinhos Vergueiro, com Como Um Ladrão e a música Muito Tudo, de Walter Franco. O público que naquela noite de janeiro de 75, lotou o Teatro Municipal de São Paulo, não sentiu nas músicas dos outros participantes, a mesma empolgação clara e vibrante de Farofa-fá.
O autor de músicas alegres e que conquistou todos os públicos, em especial o público infantil da década de 70, morreu em abril de 1989 amassado dentro dos destroços do carro que lhe conduzia ao encontro da mulher e do filho René. Mauro Celso estava em São Paulo fazendo shows e trabalhando muito, quando interrompeu as atividades para matar a saudade da família que morava em Iguape, cidade do litoral paulista. Na companhia de um amigo, ele dirigia seu carro quando perdeu a direção na velha rodovia de Iguape. O carro de Mauro Celso capotou diversas vezes e ele teve morte instantânea. Assim, aos 38 anos de idade, morria o cantor e autor de hit’s como Farofa-fá e Bilu-tetéia, músicas que ganharam as paradas do sucesso e estão cristalizadas na memória do povo brasileiro.
Mauro Celso foi lançado pela RCA no mercado fonográfico cantando duas músicas de sua autoria em compacto simples. De um lado do disco a comestível Farofa-fá, acompanhada por Coceira do lado B, ambas com arranjos do maestro Daniel Salinas. Com a música Farofa-fá, o cantor conquistou posição privilegiada dentre as dez músicas mais tocadas do Brasil, público de todas as idades e principalmente o público infantil. Ganhou as paradas do rádio e tornou-se famoso nacionalmente da noite para o dia, com uma letra que ele mesmo considerava simples e portanto popular.
A gravadora RCA, que já havia engordado com tanta farofa, lançou no mesmo ano, o LP de Mauro Celso. A nova música faria tanto sucesso quanto a primeira. As poucas pessoas que não gostaram de Farofa-fá, se renderam ao sucesso contagiante de Bilu-Tetéia, dançando alegremente nos bailes de carnaval. Bilu-Tetéia foi lançada no segundo compacto (duplo) de Mauro Celso, contendo além de Bilu-Tetéia, Coisa Com Coisa (Mauro Celso e João Barata), Fumaçá e Coceira, que tentava pela segunda vez entrar no gosto do povo, mas foi rejeitada por se parecer tanto com a original Farofa-fá. O LP Mauro Celso Para Crianças Até 80 Anos, veio envolto em alegria com 12 letras criativas e músicas contagiantes. Com direção artística de Osmar Zan e regências de Daniel Salinas, o LP trouxe ainda outros compositores além de Mauro, que assinou a maioria. Gabino Correa (pai da cantora Júlia Graciela) assina Mikitila e o compositor Joca de Castro participa como autor da música Olhar de Jacaré. O disco foi bem sucedido em vendagens e execução. Além de Bilu-Tetéia, a música Coró-Cocó, narrando a história do galo carijó, caiu no gosto da criançada e conquistou as rádios do país. Pelo sucesso que fazia com suas músicas, recebia convites de todos os estados do Brasil para fazer apresentações.