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Baia E a Doida

Maurício Baia

Tô em casa na segunda-feira
Meio-dia mais ou menos
Quando um dedo insistente na campainha me acorda
Enfio o pééééé no chinelo, peraê

Abro a porta o coração quase me vem na boca criatura
Tava toda encharcada de chuva no seu vestido vermelho
Pedindo o telefone pra ligar
Ela ligou pra Nova York, fechou um negócio da China
Entre dois países que eram inimigos
Disse que a coisa tava russa elogiou o meu café
Pegou uma toalha no armário do banheiro
E pendurou seu vestido no varal

Tô sentando na espreguiçadeira
Lendo um livro que eu tô lendo
Quando repentinamente ela me chama lá de dentro
Enfio o pééééé no chinelo, peraê

Abro a porta o coração quase me vem na boca criatura
Tava deitada na banheira de espuma esticando o seu pezinho
Pedindo pra que eu fosse ensaboar

Ela jogou a sua isca envenenou seu anzol
E fez daquele instante o infinito
Me ensinou o Kama Sutra entre bolhas de sabão
Entrou em uma delas, flutuou pelo banheiro
Por aí você já pode imaginar....

Enfio o péééé no chinelo, peraê (2x)

Ela jogou a sua isca envenenou seu anzol
E fez daquele instante o infinito
Me ensinou o Kama Sutra entre bolhas de sabão
Entrou em uma delas, flutuou pelo banheiro
Por aí você já pode imaginar....

Composição: M. Baia e Gabriel Moura





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