Eu vou-me embora pra Minas Gerais agora
E vou pela estrada afora
Tocando meu candongueiro.
Eu sou de Angola, bisneto de quilombola
Não tive e não tenho escola
Mas tenho meu candongueiro
No cativeiro quando estava capiongo
Meu avô cantava jongo pra poder se segurar.
A escravaria quando ouvia o candongueiro
Vinha logo pro terreiro para saracotear
Eu vou-me embora pra Minas Gerais agora
E vou pela estrada afora tocando meu candongueiro, Ó
Eu sou de Angola, bisneto de quilombola
Não tive e não tenho escola
Mas tenho meu candongueiro.