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Bloco da Solidão

Marlene

Angústia,
solidão, um triste adeus,
em cada mão,
lá vai, meu bloco, vai
só desse geito,
é que ele saí
na frente, sigo eu,
levo o estandarte
de um amor
O amor que se perdeu,
no carnaval,
lá vai meu bloco
e lá vou eu, também,
mais uma vez,
sem ter ninguém,
no sábado, domingo,
segunda e terça-feira,
e quarta-feira, vem
e o ano inteiro,
é todo assim,
porisso, quando eu passar
batam palmas, prá mim.

Aplaudam, quem sorriu,
trazendo lágrimas, no olhar,
merece uma homenagem,
quem tem forças, prá cantar
tão grande é minha dor
pede passagem, quando sai,
comigo só, lá vai meu bloco vai.
Larará, larará, ...

Composição: Evaldo Gouveia de Oliveira/Jair Pedrinha de Carvalho Amorim





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