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Arroz a Carreteiro

Mario Zan

Eu deixei meu rio grande...
Lá no sul do meu país...
Já arribei por estas bandas...
Esperando ser feliz...

Hoje aqui longe dos patos...
Da querência e do galpão...
A saudade é mais amarga...
Do que o próprio chimarrão...

Minha china prometida...
Eu deixei lá em Caxias...
Deixei laço em passo fundo...
Perto de santa Maria...

O gaúcho da coxilha...
É que nem um beija flor...
Por toda parte que passa...
Sempre deixa um velho amor...

Santana do livramento...
Esta saudade é cruel...
Ajudai-me são Leopoldo...
E também são Gabriel...

Quem me dera estar agora...
Aonde o pensamento vai...
Pra rever a minha china...
E também meu velho pai...

O arroz a carreteiro...
Que a minha velha fazia...
Era o prato mais gostoso...
Do rincão onde eu vivia...

Tenho medo do regresso...
Ao pensamento me vem...
Pois talvez que lá chegando...
Não encontre mais ninguém...

Composição: Diogo Mulero/Mario Joao Zandomenechi





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