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Arroz Á Carreteira

Mario Zan



Eu deixei o meu Rio Grande lá no sul do meu país
Me arribei pra estas bandas esperando ser feliz
Hoje aqui longe do pago, da querência e do galpão
A saudade é mais amarga do que o próprio chimarrão.

Minha china prometida eu deixei lá em Caxias
Deixei rastro em Passo Fundo e também Santa Maria
O gaúcho das coxilhas é igual a um beija-flor
Por toda parte que passa sempre deixa um novo amor.

Santana do Livramento, esta saudade é cruel
Ajudai-me São Leopoldo e também São Gabriel
Quem em dera estar agora onde o pensamento vai
Pra rever a minha chinoca e também meu velho pai

O arroz à carreteira que a minha velha fazia
Era o prato mais gostoso do rincão onde eu vivia
Tenho medo do regresso, mau pensamento me vem
Pois talvez eu lá chegando, não encontre mais ninguém.







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