Aluno do Colégio Pedro II (1923/26), Mário Lago publicou seu primeiro poema em 1926 ("revelação", na revista "Fon-fon"). Concluiu o ginasial no Curso Superior de Preparatórios e bacharelou-se em direito em 1933, exercendo a advocacia apenas por três meses. Nesse mesmo ano, começou a escrever revistas para teatro - "Figa de Guiné" e "Grande estréia", ambas como Álvaro Pinto.
Suas composições mais famosas são “Ai que saudades da Amélia”, “Atire a primeira pedra”, ambas em parceria com Ataulfo Alves; “É tão gostoso, seu moço”, com Chocolate, “Número um”, com Benedito Lacerda, o samba “Fracasso” e a marcha carnavalesca “Aurora”, em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmem Miranda.
As ações em comemoração a esse centenário acontecerá tanto este ano como em 2012, como anunciado por Mario Lago Filho, serão lançados dois CDs, sendo um apenas de marchinhas, o Folias do Lago, um site – www.mariolago.com.br – no dia 1º de agosto –, um documentário em 2012, livros e textos autobiográficos.
Em 2001, seu livro de memórias "Reminiscências do sol quadrado", originalmente publicado pela editora Civilização Brasileira, foi relançado. Nele, o compositor e ator conta como foram os três meses que passou na cadeia após o golpe de 1964.
Natural do Rio de Janeiro, nasceu na Rua do Resende, nº 150, no bairro da Lapa. Filho único do maestro Antônio Lago e de Maria Vicencia Croccia Lago, filha de uma imigrante da região da Calábria (Itália), d. Maria.
Em janeiro de 2002, recebeu em sua casa a Medalha do Mérito Legislativo, homenagem da Câmara dos Deputados pelos seus 90 anos completados em novembro de 2001.
Ator de teatro, no gênero comédia, poeta, radialista, advogado, por longo período militante do Partido Comunista. Mário Lago é um ícone da cultura brasileira. Imortalizou-se com suas canções populares e marchinhas feitas para o carnaval.
Relatando sua experiência na prisão, Mário Lago lançou: "Brasil, 1º de abril", um de seus livros. Em 75, pela mesma editora (Civilização Brasileira) publicou uma obra de pesquisa folclórica: "Chico Nunes das Alagoas" e, depois, lançou o primeiro volume de suas memórias.
Mário Lago atuou no teatro, no cinema, na literatura, na música, na televisão. Desde 1966, trabalhava na TV Globo, onde fez diversas novelas de sucesso, como Dancing Days, Pecado Capital, O Clone, entre outras.
Mário Lago - As ações em comemoração a esse centenário acontecerá tanto este ano como em 2012, como anunciado por Mario Lago Filho, serão lançados dois CDs, sendo um apenas de marchinhas, o Folias do Lago, um site – www.mariolago.com.br – no dia 1º de agosto –, um documentário em 2012, livros e textos autobiográficos.
Durante a década de 1930, a então principal Faculdade de Direito da capital da República era um celeiro de arte aliada à política, onde estudaram Lago e seus contemporâneos Carlos Lacerda, Jorge Amado, Lamartine Babo entre outros.
Sobre o tempo, Mario dizia: "Discordo quando as pessoas falam "no meu tempo...". Meu tempo é hoje. Fiz um acordo com o tempo: nem ele me persegue e nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra".
O compositor, cantor, ator, radialista, teatrólogo e escritor Mário Lago faleceu em 30 de maio de 2002. O tricolor foi co-autor com Ataulfo Alves dos clássicos "Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", e foi também militante político desde a juventude.
Em dezembro de 2001, ganhou uma homenagem especial por sua carreira durante a entrega do Troféu Domingão do Faustão. No ano seguinte, essa homenagem pela carreira ganharia o nome de Troféu Mário Lago, se tornando anual e sendo entregue à grandes nomes da tele dramaturgia.
Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos.
Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na década de 30, na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde iniciou sua militância política no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, então fortemente influenciado pelo Partido Comunista Brasileiro.
De 1938 a 1940, Mário Lago foi funcionário público, chegando a chefe da seção de estatísticas sociais e culturais do Rio de Janeiro e nomeado para o conselho do IBGE nem chegou a tomar posse.
Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, “Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele”.
Na Rádio Nacional, Lago foi ator e roteirista, escrevendo a radionovela “Presídio de Mulheres”. Mas o grande público só ficou o conhecendo pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo como “O Casarão”, “Nina”, “Brilhante”, “Elas por Elas” e “Barriga de Aluguel”, entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como “Terra em Transe”, de Glauber Rocha.
Suas atuações na teledramaturgia (Em ordem cronológica decrescente):
2001 - O Clone - Dr. Molina (participação especial)
2000 - Brava Gente - Eleutério
1992/1999 - Você Decide (12 episódios)
1999 - Força de um Desejo - Teodoro
1998 - Pecado Capital - Amatto
1998 - Torre de Babel - Padre (participação especial)
1998 - Hilda Furacão - Olavo
1996 - O Fim do Mundo - Frei Luiz
1996 - Quem É Você?
1995 - Explode Coração
1995 - Engraçadinha, seus amores e seus pecados - Osmar
1994 - Quatro por Quatro - Henrique Pessoa
1993 - Agosto - Aniceto
1992 - De Corpo e Alma - Veiga
1992 - Despedida de Solteiro - Padre (participação especial)
1990 - Barriga de Aluguel - Dr. Molina
1989 - O Salvador da Pátria - Quinzote
1988 - O pagador de promessas - Dom Germano
1986 - Cambalacho - Antero Souza e Silva
1986 - Roda de Fogo - Antônio Villar
1985 - Grande Sertão: Veredas - Compadre Quelemem
1985 - Tenda dos Milagres - Judge João Reis
1985 - Um Sonho a Mais
1985 - O tempo e o vento - Padre Lara
1984 - Partido Alto
1984 - Padre Cícero - Núncio Apostólico
1983 - Guerra dos Sexos - juiz
1983 - Louco Amor - Agenor Rocha
1982 - Elas por Elas - Miguel Aranha
1981 - Brilhante - Vítor Newman
1981 - Baila Comigo - (participação especial)
1980 - Plumas & Paetês - Cristiano
1979 - Os Gigantes - Antônio Lucas
1979 - Dancin' Days - Alberico Santos
1977 - Nina - Galba
1976 - O Casarão - Atílio Souza
1975 - Pecado Capital - Perez
1975 - Cuca Legal - Aureliano
1975 - Escalada - Chico Dias
1974 - O Espigão - Gabriel Martins
1973 - Cavalo de Aço - Inácio
1972 - Selva de Pedra - Sebastião
1971 - Minha doce namorada - César
1971 - Assim na Terra Como no Céu - Oliveira Ramos
1970 - Verão Vermelho - Bruno
1969 - A Ponte dos Suspiros - Foscari
1969 - Rosa Rebelde - Barão de La Torre
1968 - Passo dos Ventos - Dubois
1968 - O homem proibido - Ali Abbor
1967 - Presídio de Mulheres - Pierre (TV Tupi)
1967 - A sombra de Rebeca - Tamura
1966 - O Sheik de Agadir - Otto Von Lucker
1963 - Nuvem de Fogo
Autor de mais de 200 canções, Mário Lago era destacado ativista político de esquerda. Questões ideológicas sempre despertaram o interesse e o ímpeto do compositor, que conhecia os caminhos da clandestinidade tanto quanto os da coxia. Sofreu muitas prisões e perseguições do Estado Novo e, em 1964, foi preso pela ditadura militar.
Ainda cursando a faculdade de Direito, começou a escrever, em parceria com Álvaro Pinto, duas revistas para o teatro: “Figa de Guiné” e “Grande estréia”. Em 1935, teve sua primeira composição gravada a marcha “Menina eu sei de uma coisa”, com Custódio Mesquita, inspirada numa socialite.
O Arquivo Nacional, que recebeu em 2002 todo o acervo de Mario Lago, fará uma exposição virtual, que depois poderá ser vista no local. Em setembro deste ano, a ECT lançará um selo comemorativo e a Casa da Moeda uma medalha em homenagem ao ator.
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar.
Autor dos livros “Na Rolança do Tempo” (1976), “Bagaço de Beira-Estrada” (1977) e “Meia Porção de Sarapatel” (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: “Mário Lago: boêmia e política”. A escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz homenageou Lago no carnaval de 2001.
Mário Lago (Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1911 — Rio de Janeiro, 30 de maio de 2002) foi um advogado, poeta, radialista, letrista e ator brasileiro.
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire...