Quando abro o peito pra cantar a minha terra
Falo do campo e da serra, desta gente sem igual
Este rio grande parece um jardim de flor
Eu nasci lá no interior, mas gosto da capital
Em cada verso, eu falo de uma saudade
Do interior e da cidade, das missões ao litoral
Terra do pampa, este pago tão gentil
Mas não esqueço o Brasil, meu país continental
Que coisa linda é ter querência na alma
Meu povo batendo palmas ao ouvir minhas canções
Amo a campanha, a serra e o alto uruguai
Sou igual meu velho pai do chão rubro das missões
Trago, na alma, a gesta dos missionários
O meu canto é caudatário do valor da minha gente
A cada instante, nos versos de cada poeta
Uma nova estrada aberta, pedindo que siga em frente
Na minha gaita, vão se arranchando emoções
Se transformando em canções, qual canto de um sabiá
Cada sorriso me traz um momento novo
Que sai do seio do povo pra viver no meu cantar
Que coisa linda é ter querência na alma
Meu povo batendo palmas ao ouvir minhas canções
Amo a campanha, a serra e o alto uruguai
Sou igual meu velho pai do chão rubro das missões
Na minha infância, eu peguei uma cordeona
E, na alma redomona, aflorou arte e talento
Cada cantiga espelhava o meu dialeto
E o verso, cofre secreto, pra guardar meu sentimento
Cantei meu pago que dei nome de querência
A grandeza da existência, legado que Deus me deu
Nas melodias, agrupei verso em tropilha
Esparramei, nas coxilhas, nenhum verso se perdeu
Que coisa linda é ter querência na alma
Meu povo batendo palmas ao ouvir minhas canções
Amo a campanha, a serra e o alto uruguai
Sou igual meu velho pai do chão rubro das missões
Que coisa linda é ter querência na alma
Meu povo batendo palmas ao ouvir minhas canções
Amo a campanha, a serra e o alto uruguai