É de sonho é de pó.
O destino de um só.
Feito eu perdido em pensamento,
Sobre o meu cavalo.
É de laço e de nó,
De gibeira, o jiló,
Desta dida, comprida a sol.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.
O meu pai foi peão,
Minha mãe, solidão,
Meus irmãos perderam-se na vida,
Em busca de aventura.
Descasei, joguei, investi, disisti,
Se a sorte eu não sei, nunca vi.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.
Me disseram porém,
Que eu viesse aqui,
Pra pedir de romaria e prece,
Paz nos desaventos.
Como eu não sei rezar,
Só queria mostrar,
Meu olhar, meu olhar, meu olhar.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.
Sou caipira pirapora,
Nossa Senhora de Aparecida.
Ilumina a mina escura,
E funda o trem da minha vida.