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Marcos Brasil

Marco Brasil


Eu não sei se é uma miragem
Ou é aviso o que ando tendo
Talvez seja uma mensagem
O que vem me acontecendo

Esta noite eu fui dormir, já estava amanhecendo
Tive um sonho esquisito, parece que estava vendo
Tinha sido convidado para um rodeio lá no céu
Agradeci, disse que ia
Peguei o microfone e o chapéu
Ms quando entrei no carro, logo vi a diferença
No meu carro tinha asas, vejam só que desavença
E ele em autocomando, partiu dali em um segundo
Ao chegar lá no recinto,
Vi que estava em outro mundo

Só que a companheirada, era um povo conhecido
Meus amigos de rodeio, gente que havia morrido
Apesar do grande susto, eu logo me eles festejei
Dei um abraço em cada amigo, e com eles festejei
Nisto começou a abertura, tudo virou emoção
Orestes Ávila ao microfone, fazia uma declamação
Depois vinha Zé do prata e Fernando mourão
Um prestava homenagens, outro fazia oração
Haviam muitos tropeiros,
Mas só alguns que eu conhecia
Chico piu, Mauricio Alves,
valtinho biazi e companhia
Gauchinho e Carlos binatti
Estavam com as caras pintadas
Vicente ramalho e belarmino,
Madrinhavam as boiadas

Fernando nogueira de Marília,
Era o empresário da festa
E organizando provo do laço,
De presidente prudente estava o testa

O Zé louco e João Luciano, estavam dando sedém
Zé Luiz de lima e o Floriano, os ajudavam também
Jair horliani e tonho do neno,
Estavam de portereiros
E no fundo da querência,
Tinha oitenta boiadeiros
Nisto um gritou meu nome;
-Marco Brasil! Você não se lembra de mim?
Sou o kiko da Albertina
E logo dele me lembrei, e fiquei a imaginar
O que um menino tão novo,
Fazia naquele lugar
Vi que a morte leva todos,
Uns vão tarde, outros mais cedo
Mata os que tem coragem,
E também os que tem medo
Nisto em uma barraca ao lado,
Escutei umas cantorias
E lá estavam Artur Bernardes,
Declamando poesias
Acompanhando com a viola
Só tinha gente famosa
Teddy Vieira, tião carreiro,
Estavam afinando a voz
E num canto conversavam,
Tonico e Paulinho queiróz

Com isso, meu povo,
Acordei assustado e me lembrei do Faustão
Barraqueiro assassinado,
Que morreu junto ao irmão
E eu fiquei desnorteado
Não consigo entender até agora
Porque quando acordei,
Segurava um par de espora,
Ao lado a imagem de Nossa Senhora.






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