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Flor da Tuna

Marcelo Oliveira

Com suas lanças de ouriço
a tuna defende a flor
nem a abelha nem o beija flor
assim no mais chegam nela
Nem tão pouco o marimbondo
arrisca a lanhar o lombo
na busca do beijo dela

Só vento se espinha todo
só de beijar quando passa
nas lanças chora a desgraça
do seu cruel desamor
então givelis suspensa
ela ri da indiferença
de quem não gosta de flor

Ela é a triste flor de um dia
que se quer mais não se alcança
quem de nós se distancia com os
espinhos na lembrança

Mimosa flor que se esconde
entre os espinhos da tuna
desta trincheira se arruma
que nem mulher vaidosa
pois tem igual matrerisse
para colher tão dificil
para beijar tão custosa

Quando chega a primavera
meu rancho fica mais lindo
quando essa flor vai se abrindo
no labirinto das lanças
lembrando que tem nessa vida
a flor da magoa sentida que
desabrocha a esperança






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