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Recreio

Mano Lima

Sou vertente de água pura, sou sentinela do pampa
Eu sou tropeiro que acampa enquanto a tropa descansa
Sou o progresso que avança na direção do futuro
Eu sou o minuano puro cabrestiando uma esperança.
Tal qual a velha Missões que Sepé glorificou
Um pouco do que restou deste caudilho imortal
Sou o escarcéu de bagual bem no alto da coxilha
Eu sou mais um farroupilha buscando seu ideal.

Pra quem não sabe quem sou, sei que meu verso dirá
Minha matas tem mais verde, mais prata tem meu luar
Querência flor de querência, lindo lugar pra morar,
Rincão que a natureza chamou de Maçambará.

Sou campo de pasto verde, do salso e do gerivá
Sou o canto do sabiá, recreio de boa aguada
Sou grito do mão pelada lá na costa do banhado
Sou presente, sou passado, sou clarim da madrugada.
Sou a querência mais nova que a geografia pariu
Ventada de chuva e frio pelas mãos da natureza
A fauna é minha riqueza, a cultura é meu estudo
Na plantação tenho tudo, fartura e pão sobre a mesa.

Composição: Jose Mario Benites Barbosa/Mario Rubens Battanoli de Lima





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