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Bororiando

Mano Lima

Não tenho pinta de ser, nem sete pinta terei
Sou cria de cerne puro pura madeira de lei
Só tenho fruta no nome, mas fruta jamais serei.

Sou garra de tigre novo sou raiz da própria terra
Gosto do potro que berra para sentar minha coluna
O tacam só berra o grito quando na troca de pluma.

Gosto da carne do chibo do osso tiro o tutano
Sou Rubem, também sou Mano sou pena de caburé
Sou grito do quero-quero nas várzeas do Mbororé.






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