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Em Nome do Estado

Mano Bantu

Rogo pra ver o dia nascer com gosto de paz e justiça
Quem não nascer de novo não ver o sol do perdão, lilás
Tua alma se rende diante de tudo que é belo
Mas de preto pra preto o passado tem o peso das correntes de ferro
Mãos atadas à terra, ao tronco, ao seu senhor dono do seu suor
E esse rip-rop é filho do meu samba e da força de cem tabores africanos
É a prece de cada antepassado, refinada, levada aos santos e aos céus, devolvida através de cada homem que me condenou
O sal da lágrima, a dor de mãe
E a moral desse legado é hoje em cada esquina mais um problema levada ao Senado
E jantares a luz de velas
A mesma chama da vela no altar no sétimo dia
Na missa sagrada, sagrada seja o sangue derramado em vão pela estupidez de certidão.
Rogo pra ver o dia nascer com gosto de paz e justiça
Quem não nascer de novo não ver o sol do perdão, lilás
Pela estupidez de certidão nasceu o bem, mas o homem de bem edificou a ambição
Ao redor do seu ego em meio ao caos e a destruição
Mais, e mais, e mais
Mais pesídios, mais ostentação,
E no dinheiro está escrito "Deus Seja Louvado", então
Começe implorando seu perdão, jure de pés juntos, enfrete o diabo, liberte o seu espírito e não seja odiado
Os seus irmãos nessa contramão
A vida é uma rua sem saída, uma bocada no fim da estrada
Essa loucura custa a vida, mas a minha loucura custa quase nada
Cinco mil soldados a custa do estado, quinze mil homens encapuzados
A mesma história se repete,
São os filhos do mesmo passado
Rogo pra ver o dia nascer com gosto de paz e justiça
Quem não nascer de novo não ver o sol do perdão, lilás






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