Me segure não me deixe partir, por favor não desista de mim, não. me leve, não me deixe partir, não. não desista de mim, não!
Sob olhares, julgamentos, falta esclarecimento que a doença é um momento de fraqueza
É a rotina dos becos, comércio dos violentos
Só há espaço pra que a intolerância cresça
São várias histórias de uma mãe que chora
Pela vida que é ceifada de um filho teu
Rezava horas e horas por um barulho de porta indicando que a noite acabara bem
Me segure...
Quando você adentra a porta, tento esconder o fato
Que em claro eu chorei a noite inteira
Se você pensa que é fácil não lembrar do passado
De criança que ia comigo na feira
Mal você me olha, seu rosto não cora
Mesmo com todo esse escândalo eu te quero bem
É sempre a mesma prosa, conversa dolorosa
Num abraço quase sempre me pedindo vem
Me segure....
Com o bolso do avesso muitas vezes esqueço
Que possuo um lar
Só me basta um tropeço, e o fogo do desejo
Já vem me queimar desculpe mãe, mas caí mais uma vez
Desculpe mãe, eu prometi mas escravo ela me fez
As horas percorrem o espaço, mostram o vazio dos meus traços
O sol vai raiar a noite que durou pouco, emendo um dia no outro
O espelho a rabiscar abro a porta e vejo a minha sagrada chorar
Abro a porta e vejo a minha sagrada chorar
Me segure..