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A cantiga do campo

Madredeus

Porque andas tu mal comigo
ò minha doce trigueira
quem me dera ser o trigo
Que andando pisas na eira

Quando entre as mais raparigas
Vais cantando entre as searas
Eu choro ao ouvir-te as cantigas
que cantas nas manhãs claras

Por isso nada me medra
Ando curvado e sombrio
Quem me dera ser a pedra
em que tu lavas no rio

E falam com tristes vozes
Do teu amor singular
Aquela casa onde coses
com varanda para o mar

(e) por isso nada me medra
ando curvado e sombrio
quem me dera ser a pedra
em que tu lavas no rio

Composição: Diamantino de Jesus Leal/Pedro Ayres Ferreira de Almeida Magalhaes/Rodrigo da Costa Leao Munoz Miguez





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