O que é escuro
Aquilo que é inconveniente
Que fica oculto
Ou pulsa latente
O indesejável
O que é obsceno e doente
A cara do cão
O espelho da gente
As voltas tentando morder o próprio rabo
O raro é conseguir ver-se, a própria sombra
Um cágado assando ao sol virado de borco
As sobras de um urubu de um espírito de porco
No fundo do inferno
Na falta na mais completa ausência
O que sobrevive
O mais resistente
O pântano é rico
Assim como é rico o esterco
Quem estiver fraco
Que se alimente
Se alimente
E realimente
Mas admita você bem que precisa de mim