chorei
quando o barco fez água
lá na lagoa
virei
tudo do avesso
no abraço de uma pessoa
furei
o olho do passarinho preto
eu furei
o dedo no espinho
a rolha do vinho
o sangue tinto
vermelho cruel
chorei
lágrima, tanta dor
afundou a canoa
cantei
era o canto mais triste
de uma pessoa
jurei
nunca jamais querer saber
de querer
deixa que o vento passa
que o tempo voa