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Desengano

Lula Côrtes

Toda vez que olho o desengano
Nas frase do canto fosco dessa juventude
Sinto meu sorriso magro,
Meu rosto suado se encarquilhar
E quando franzo a testa,
E são suo o rosto cor de madrugada
E quando me deprimo e curvo os ombros pra pensar

Penso nos martíos,
Todos os delírios loucos que vivenciamos
E vejo por quantos anos nos aventuramos
Querendo voar
Voar pra sair de perto
De todo deserto desses abandonos
E constatando o desengano se despedaçar

Desfeito em pedaços
Sigo no encalço desse sonho
Vejo meu sorriso magro
Coração amargo se atrapalhar
Quando franzo a testa
E são suo o rosto cor de madrugada
Quando abro os olhos, olhos claros para o mar

Composição: Lula Côrtes





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