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Depois Dos Sonhos Talvez

Luiz Marenco

Trote manso, rumo gasto na persistência da trilha
As léguas mostram cansaço pela melena Tordilha
O entardecer busca pouso sobre um verdor das coxilhas
O entardecer busca sonhos sobre um verdor de coxilhas

Talvez depois que o caminho trocar o rastro por prece
Fique este imenso saber que só a estrada oferece
Na mente dos caminhantes, que ressuscita e enternece
Na mente dos caminhantes, que ressuscita e enternece

Fique a memória rodando na lide dos domadores
E, em cada palmo de campo, o timbre dos seus valores
E muitos sinais de fogo ao longo dos corredores
E muitos sinais de fogo ao longo dos corredores

Restam marcas das esporas pelas ilhargas dos malos
Na ilhapa, o testemunho dos tirões de tantos pealos
E a perícia de campeiro pelas bocas dos Cavalos
E a perícia de campeiro pelas bocas dos Cavalos

Fiquem pilchas e arreios e alguns fletes por aí
Grameando pastos alheios de amigos que fez aqui
Que taloneados, comecem algum caminho guri
Que taloneados, comecem algum caminho guri

Talvez já não hajam sonhos, somente a eternidade
Por entre luzes de estrelas, a paz, a serenidade
Deixando a imagem no pago para explicar a saudade
Deixando a imagem no pago para explicar a saudade
A saudade, a saudade, a saudade

Composição: Eron Vaz Mattos / Luiz Marenco





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