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De Terra, Campo E Galpão

Luiz Marenco

Me criei numa estância lidando co’a “cavaiada”

Flor de tropilha apoderada que escramuçando ventena

Me despenteia a melena quando monto um desbocado

Pois tenho Deus no costado me benzendo as nazarenas


Assim cresci nesta lida pechando boi dos encontro

Capando e pealando potro nos refugo de mangueira

Com a cachorrada ovelheira e um mourito orelha curta

Fui gavião nas reculutas de alguma eguada matreira


E se carrego este orgulho por ter a alma gaúcha

é que a vida não é mansa quando manda um coração

Sou terra, campo e galpão, e algum manojo de crina

Pois vou morrer com esta sina que é meu destino de peão.

Composição: Alex Silveira / Roberto Luçardo





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