No dia em que vim embora
Minha mãe chorava e ai
Minha irmã chorava e eu ui
E eu nem olhava prá trás
No dia em que eu vim embora
Num teve nada de mais
Mala de couro forrada
Com pano forte, brim caque
Minha vó já quase morta
Minha mãe até agora
Minha irmã até a rua
E até o porto, meu pai
O qual não disse palavra
Durante todo o caminho
E quando eu me ví sozinho
Ví que não entendia nada
Não de pruquê eu ia indo
Nem dos sonhos que eu sonhava
Sentí apenas que a mala
De couro que eu carregava
Embora estando forrada
Menino, cheira mal
Afora isto, ia indo.
Atravessando, seguindo
Nem chorando, nem sorrindo
Sozinho prá capital