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Encanto da Natureza

Luiz De Castro



Tu que não tiveste a felicidade,
deixa a cidade e vem conhecê
meu sertão querido, meu reino encantado,
meu berço adorado que me viu nascê.
Venha mais depressa, não fique pensando,
estou te esperando para te mostrá.
Vou mostrar o lindo rio de águas clara,
a beleza rara do nosso luar.

Quando a lua nasce por trás da mata,
fica cor da prata a imensidão.
Então fico horas e hora olhando,
a lua banhando lá no ribeirão.
Muito não se importa com este luar,
nem lembra de olhar o luar da serra.
Mas este não vive, são seres humano
que estão vegetando em cima da terra.

Quando a lua esconde, logo rompe a aurora,
vou dizer agora do amanhecê.
Raio vermeiado risca horizonte,
o sol lá no monte começa a nasce.
Lá na mata canta toda a passarada
e lá na paiada pia o xororó.
O rei do terreiro abre a garganta,
bate asa e canta em cima do paió.

Quando o sol esquenta canta a cigarra,
grande algazarra na beira da estrada.
Linda borboleta de variadas cor
vêm beijar as flores já desabrochada.
Este pedacinho de chão encantado
foi abençoado por Nosso Senhor.
Que nunca nos deixe fartá no sertão
saúde e união, a paz e o amor.






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