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Maldita Cancela

Lucio Sanfilippo

Essa maldita cancela
Devia ser derrubada
Faz uma zoeira danada
Quando alguém passa por ela
Entre o curral e a capela
À porta da minha porta
Escancara a boca torta
Grita,berra e se esgoela
E cada vez que gargalha
A cancela no batente
Eu fico de mãos trementes
Meu coração se escangalha
Pensando que ela volta
Minha estrela, meu morrer
Minha razão de viver
Minha dor, minha revolta.
Como sempre, nunca é ela
Geme a bicha no batente
Meu deus, como passa gente
Nessa maldita cancela
Como passa gente
Nessa maldita cancela






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