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Biografia de Lucas Robles

José Angel Robles Ramallo, argentino de nascimento, brasileiro de coração. Lucas Robles, como se tornou conhecido, é hoje um dos grandes nomes no mercado fonográfico. Neto de espanhóis, filho de italiana, nasceu em Córdoba, a 700 Km de Buenos Aires, e logo despertou interesse pela música.

Aos 7 anos integrava o coral da igreja da sua cidade e aos 9 anos teve seu primeiro contato com um violão através da sua irmã, que lhe ensinou os primeiros acordes e dali em diante, não largou mais a música. Com 15 anos, juntou-se a um de seus 11 irmãos, Miguel Angel, e passou a cantar folclore argentino. Nessa época Lucas já compunha e teve como principal parceiro um dos grandes compositores Argentinos, Pedro Favini e também seu próprio irmão. A primeira canção foi a romântica “Muchacha de Lluvia”.

Cinco anos se passaram até que em 1973, Lucas foi convidado por seus amigos Cesar Martos e Daniel Altamirano a participar do trio Los De Siempre, para substituir Julio Saens que saia do grupo para se tornar um dos grandes executivos da gravadora CBS do Chile e logo após na Warner do México. Nos quatro anos em que ficou no grupo, o trio continuou campeão de vendas.
Merecedores de discos de ouro, de platina triplo, e diversas menções pelos recordes de público em suas apresentações, Los de Siempre marcaram época no cenário musical Latinoamericano.

Em 76, Lucas saiu do grupo para investir na carreira solo. Foi contratado pela RCA, e a produção ficou a cargo de dois grandes amigos, Franco e Hugo Burgenho integrantes do famoso grupo Los Iracundos, Mais um ano se passou até que, desanimado e desapontado com o despótico regime militar argentino, Lucas decidiu sair de seu país.

Chegou em São Paulo em 78, e teve muita dificuldade para se estabelecer. Ficou um tempo se apresentando em bares latinos da noite paulistana até que o destino finalmente lhe sorriu.

Conheceu Sérgio Lopes (ex integrante do grupo Lee Jackson), então diretor artístico do selo Cristal da Discoban, e acabou sendo contratado como produtor, cantor e músico dos discos latinos da gravadora.

Em 80 um fato marcante estava para acontecer na carreira de Lucas. Após uma viagem aos Estados Unidos, ele voltou com a ideia de fazer uma coisa caribenha no Brasil. Depois de passar por algumas gravadoras, sem sucesso; mais uma vês, a vida lhe sorriu, o então diretor artístico da RCA, Osmar Zan lhe deu uma chance para realizar seu projeto. Acabou por inventar um grupo, um estilo, que resolveu chamar de Trio Los Angeles. Compôs junto com Helio Santistevan, a música Vamos Dançar Mambolê, que fez o grupo estourar em todo o País, inclusive esta música faz parte da trilha do filme do Rei Pelé "Pedro Mico" ( Uma lição de malandragem ).

Daí pra frente, Lucas não parou de trabalhar. Foi produtor artístico pela RCA durante os quatro anos seguintes. Ainda pela mesma gravadora, trabalhou como gerente internacional dos artistas brasileiros que iam divulgar seus discos no exterior.

Ate que em 1986 O diretor de marketing e financeiro da BMG ARIOLA, Rogelio Escobar estava se desligando desta companhia para ser o presidente da ARCA SOM, de propriedade do Jornal Dia/Última Hora – RJ, Escobar convidou Lucas Robles para ser o diretor artístico desta gravadora.

Nesta época assinou discos de artistas como Capri, Lucinha Lins, Wando, Maria Creuza, Elizete Cardoso, Joel Teixeira, A arca do Rock, Elymar Santos, entre outros.

No ano de 1988 já com sua empresa de produções independentes. Através de seu irmão e parceiro César Rossini, conhece um jovem cantor e músico com muito talento de nome Ari Garcia de Andrade Jr. Depois de alguns testes e demos, a CBS abriu as portas para gravar este artista que era uma grande promessa de sucesso.

Este artista foi batizado com o nome de "Juno", foi lançado ao mercado e trilhou uma carreira exitosa, Juno se transformou em um dos grandes compositores da atualidade.

No período de 1990 a 1992 Lucas Robles ficou na ponte aérea entre Buenos Aires, Miami e São Paulo, na negociação de alguns produtos latinos. Foi numa dessas viagens que fechou negócio de parceria com aquele primeiro amigo Argentino, Pedro Favini, que estava lançando um artista chamado "Clericó Con Cola".

Foi um estouro nacional, vendendo 250 mil cópias e fazendo em média 5 shows por semana, isto fez que Lucas deixasse as viagens de lado, ficando na Argentina para trabalhar como mananger e produtor do artista.

Depois de um longo tempo fora do Brasil, a saudade falou mais alto, e ao ver que esse grande sucesso podia atravessar a fronteira, Lucas Robles, não pensou duas vezes, fez as letras em português e gravou Clericó Con Cola em português. Ao chegar ao Brasil, Lucas visitou seu amigo Rodrigues Poso da RGE e lançou o artista por essa Gravadora, o qual teve uma grande repercussão, inclusive a música “Você Tá Muito Boa” foi tema da novela "Corpo e Alma" da Rede Globo de Televisão.

Outro produto que ficou em suspense daquelas viagens a Miami era o grupo do seu amigo e parceiro Carlos Oliva (primeiro produtor do grupo "Miami Sound Machine") que a muito tempo lhe pedia para lançar seus discos no Brasil.

No ano de 1995, chegou a hora de Carlos Oliva e Los Sobrinos. Lucas descobre uma música que vinha despontando do México naquele verão, mas especificamente de Cancún, a "Macarena", (Romero/Monye/Ruiz), que a pesar de ser uma Rumba Flamenca, se adaptava para o Dancin/Salsa.

Carlos Oliva, Lucas Robles e Camilo Valencia recebendo o primeiro disco de ouro no programa do apresentador "Gugu Liberato"

Em reunião com Carlos Oliva, conseguiu convencê-lo de fazer um disco, misturando o ritmo das pistas com Salsa, e esta música que vinha do México estaria no repertório. Foi um pouco difícil a conversa, já que Carlos Oliva estava mais acostumado a fazer "Salsa Pura", mas Lucas Robles com seu jeitinho brasileiro e bom faro para o sucesso conseguiu fazê-los gravar a "Macarena", este sucesso permitiu que a banda fizesse varias turnês pelo Brasil, Argentina, Centro América E Estados Unidos.

Lucas Robles produziu também os discos de Marlon e Maicon, Zezé Di Camargo e Luciano, Leonardo, Bruno e Marrone, Sula Miranda, Cleiton e Camargo, Sandro e Gustavo, Gustavo (solo), Yasmin (infantil), Karlos e Alessandro, etc.

Foi responsável também pela produção de vários artistas em espanhol como: o cantor Bebeto (1982), La Patotinha (1983), Raúl Gil (1983), Los Angeles (1982) inclusive a música “A Danzar Mambolé, foi tema da novela Baila Comigo, da rede Globo na América Latina, Wando (1986), Karametade (1998), Vavá (2002), Arte Popular (1997), Rouge (2003), Zezé di Camargo e Luciano (1994) e (2001), e fez versões também de músicas do Espanhol para o Português e do Português para o Espanhol para artistas como José Luis Rodrigues (El Puma), Rouge, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Carlos Oliva, Vanessa da Mata, Wando, Julio Iglesias, Chayanne, Ricardo Arjona, Sting e outros.

No ano 2000 Lucas Robles, montou o LRCA Studios, com equipamentos de última geração.
Gravaram no estúdio artistas como: Guilherme e Santiago, Raça Negra, Zezé di Camargo e Luciano, Sula Miranda, Chitaozinho e Xororó, Royce do Cavaco, Reginaldo Rossi, Leonardo, Marlon e Maicon, Roberta Miranda, Sergio Reis, Tânia Mara, Bruno e Marrone, Felipe Lorenzo, Rafa e Cia, Pedro e Thiago, Gian e Giovani, César e Paulinho, entre outras pérolas da música nacional.

Descobriu e produziu o primeiro produto lançado pelo seu selo gravador, "LR Music": o grupo “El Bando”. O qual despontou com o grande sucesso “A História do Mamute”. Primeiro lugar nas paradas de quase todo o Brasil e gerou grandes polêmicas por causa do tema que abordava a letra da música, isto ficou marcado em todos os programas de Rádio e TV que se apresentaram, Desde “Jô Soares”, “Gilberto Barros”, “Todo Seu”, Do Ronnie Von entre outros.