Como é gostoso poder sentar
Todo dia no mesmo altar
Eu até olho o cardápio
Mas peço sempre a mesma comida
A discussão é comigo mesmo
Esfacelado em planos, perdendo os cabelos
Tentando fraudar só por um dia a rotina
E começo com o pé esquerdo
Tento tudo ao avesso, um maço inteiro
Cubro todos espelhos pra fugir da minha própria mentira
Então deixe viver, mas eu quero matar todos vocês
Eu quero matar, matar, matar, matar e morrer
Porque 333 metade do diabo que eu sou
Nem cruz nem água podem me deter agora
Porque 333 metade do diabo que eu sou
Nem bala de prata nem alho vão apagar minhas mordidas
Eu não sei viver em paz
Eu não sei viver em paz
Eu não
Eu sou um poeta das contra capas
O catavento dos ventos alívios das relações
O desinteressado, o desinteressante
O desesperado na busca incessante
O conformado sem verdade própria do criador
Das frases sem efeito que agora no peito regurgita a alma
O trecho troncha, inútil sentimento pra que sintam pena
Me peçam calma pra que alguém sem tempo
Tempo perca lendo as bobagens que me passam a hora
O decadente que o tempo esmaga
Em suma tristeza pura que não passa não passa
Porque 333 metade do diabo que eu sou
Nem cruz nem água podem me deter agora
Porque 333 metade do diabo que eu sou
Nem bala de prata nem alho nem bugalho vão apagar minhas mordidas
Eu não sei viver em paz
Eu não sei viver em paz
Eu não
Eu não sei viver, não
Eu não
Paz não
Eu não sei viver em
Eu não sei viver não
Eu não paz
Eu não sei viver em
Eu não sei viver, não sei viver em paz
Não sei viver em paz, em paz não sei viver
Em paz não sei viver, viver em paz não sei
Não sei viver em paz, não sei viver
Eu não sei viver não, eu não paz não
Eu não sei viver em paz não eu não
Eu não sei viver em paz não
Eu não sei viver