Telmo de Maia
Marchinha
Era uma menina pobre que sonhava com a marcha nupcial
Mas como não podia resolveu um dia ir a um carnaval
Ali a marcha era outra, então achou que serviria
Para matar tanta tristeza que seu coração sentia.
Dançou, pulou se divertiu que até sumiu todo aquele mal
Com seus trajes de papel desfilou três noite no municipal
Enquanto que ela dançava de suor molhada sua roupa rasgou
Ao terminar os três dias a sua alegria também se acabou
Voltou na maior pobre e com sua tristeza saiu pela rua
Na frente de uma molecada que dava risada ao vê-la quase nua
Fugindo daquela gente corria na frente puxando o cordão
Não suportando a ironia daquela folia fora do salão.
Magoada com a própria vida, sumiu na avenida, desapareceu
Ninguém mais ficou sabendo se ela ainda vive ou se ela morreu