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A Fazendinha

Lourenço e Lourival

Balanço

Eu fiquei profundamente aborrecido
Ao visita a fazendinha onde eu nasci
Chorei ao ver o progresso caprichoso,
Toda ternura do meu berço eu perdi
A figueira lá na curva da estrada
Em sua sombra muitas vezes descansei
Em seu lugar hoje é uma estrada asfaltada
E do riacho nem vestígios encontrei.

Meu Deus do céu pra onde vamos nós
O que será de nossos filhos no futuro
Se continua esta devasta impiedosa
Na realidade nosso ar não vai ser puro.

A varanda onde eu guardava o velho carro
Virou piscina, um lago artificial -
A fazendinha que era toda minha vida
Hoje faz parte de uma multinacional.
Aquela grupo de empresários gananciosos
Não preservaram nem sequer o estradão
A faixa negra de asfalto na estrada
Deixou de luto meu cantinho de sertão.

Composição: Oswaldo Galhiardi / Sandro Lucio / Sebastião de Assis





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