É um mistério
Nossa vida nesse mundo
Nos momentos mais profundos
Que a gente tem que passar
A negra sorte surge sempre no instante
Maltratando um semelhante
Destruindo um pobre lar
Há muito tempo eu vivia lá na roça
Morando numa palhoça
Naquele velho sertão
Nunca pensava
Que uma triste despedida
Transformasse minha vida
Nesta negra solidão
Passou-se o tempo
Eu perdi a mocidade
Recebendo a crueldade
Que o destino me ofertou
Quanta saudade relembrando aqui sozinho
Aquele velho ranchinho
Onde eu era morador
E hoje eu vivo
Bem distante da querência
Minha velha residência
Ficou bem longe daqui
Pra aliviar esta minha dor tirana
Quero voltar pra choupana
Pro sertão onde eu nasci