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O Menino E a Onça

Liu e Léo

O meu pai trouxe da Mata em sua ultima caçada
No piqua um flhotinho de uma onça pintada
Criamos na mamadeira, orgulho da molecada
Nenhuma fera silvestre deve ser aprisionada
Vieram os homens da lei
Mandaram soltar outra vez
Naquela mata fechada.

Meu irmãozinho caçula com isso não conformava
Caiu na cama doente
O Seu mal ninguém achava
Já estava deseneganado
E só na onça falava
Em uma tarde chuvosa
Quando a esperança findava
A onça estava de volta
Passou esbarrando a porta
Foi direto onde ele estava.

No seu bercinho de esteira
A onça se acomodou
Acariciando o menino
Pertinho dele deitou
Meu irmão deu um sorriso
A cor do rosto voltou
De tanta felicidade
Meu pai num canto chorou
Minha mãe disse a meu pai
Meu velho não chore mais
Nosso filhinho sarou

Quando a noticia
Correu que a onça tinha voltado
Um pelotão do IBAMA chegou em casa apressado
Ao ver a fera e o menino
Os dois dormindo abraçado
O capitão comovido
Foi dizendo emocionado
O IBAMA não libera
Mais o menino e a fera
Vou deixar aos seus cuidados






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