A puta da gravidade
A puxar-me à razão
Só te conto metade
Nem te conto metade
Muito mais da cabeça
Do que do coração
Deve ser da idade, deve ser da
Mesmo não tendo fé
Rezo no avião
Quando me falha o pé
Quando não tenho mão
Porque não compro um cão?
As maçãs todas ao chão
A acharem todas que são
Sangria fresca de verão
Nem tudo é preto no branco
Sou bandido e santo
Mas só toco no céu
Se subir a um banco
Eu nem sei bem porque canto
Eu já nem a mim me espanto
Orelhas de burro ao canto
A ver se aprendo entretanto
Deixo que me caiam todas as manhãs ao chão, todas as maçãs