Leo Canhoto
Guarania
Depois que eu me separei de você querida
Eu vivo só numa caverna na beira do mar
Joguei meu relógio fora, para esquecer
O dia e a hora que outro is lhe encontrar.
Aqui eu só ouço o barulho das andas bravias
Que chocam-se violentamente contra os rochedos
O vento forte até parece que quer me levar
Aonde você está vivendo, mas tenho medo.
Aqui eu já até perdi a noção do tempo
Prefiro viver isolado para não lembrar
Meu pranto se mistura sempre com as águas da praia
Na hora que as aves do ar põe-se a cantar.
Você jamais descobrirá onde eu estou morando
A chuva forte já cobriu a marca dos meus passos
Preciso viver para sempre aqui neste lugar
Não volto pra não ver você sorrindo em outros braços.
Depois de muito refletir cheguei a conclusão
Achei que seria melhor se eu vivesse ausente
A gente padece bem menos não vendo a traição
Aquilo que os olhos não vêem o coração não sente.