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O Caipirão

Léo Canhoto e Robertinho

Leo Canhoto / Dra. Rosana
Toada

Estou sentindo no meu peito uma saudade
De uma felicidade que se foi pra não voltar
Felicidade que em meu peito existia
Da mulher que me fazia um felizardo a sonhar
Felicidade que durou tão pouco tempo
Ficando me meu pensamento a voz dela me dizer
Vou lhe deixar para sempre na saudade
Tenho outro na verdade não gosto mais de você.

Essa mulher de fato deu-me a sentença
Foi embora sem clemência não adiantou implorar.
E na porteira ela escreveu com seu batom
Vou embora caipirão aqui não vou mais voltar
Fiquei sozinho muito tempo a sofrer
Mas no radio ouvi dizer um fato que me entristeceu
De uma mulher que no hospital não viveria
Se ninguém lhe doaria um sangue igual ao meu.

Foi então que em meu cavalo eu montei
Cortando atalho eu cheguei ao hospital fui com carinho
Doei meu sangue porem disse ao doutor
Fica hoje por favor vou lhe arrumar um bom cantinho.
Alimentado aqui você vai repousar
Por que posso precisar do seu sangue mais um pouquinho
No outro dia o doutor veio me dizer
Qualquer dia vou comer la no seu rancho um franguinho

O doutor me disse você quer ver a mulher
Pode vê-la se quiser é uma mulher bastante bela
Esta dormindo igual um anjo que faz gosto
Olhe bem pra aquele rosto tem seu sangue nas veias dela
Quando a vi reconheci que era ela
Pasmado olhei nela e lembrei da traição
Quando sai escrevi na porta da saída
Quem salvou a sua vida foi a sangue do caipirão.






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