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Mundo Velho Sem Porteira

Léo Canhoto e Robertinho



Se eu pudesse estaria agora
Agarradinho com quem me adora
Bebendo um trago e curtindo um som -
Mundão velho sem porteira
Eu amarrava aquela fogueira
Mas que lasqueira, mas que trem bom!
Não posso viver sem ela
Quando me lembro dos beijos dela
Quando me lembro que ela me ama -
Saudade agarra a apertar
Eu sinto vontade até de urrar
Sair por mundo comendo grama....

O cabra quando é valente
Sendo machão finge que não sente
Mas ele vive num desespero
Fica quieto com dor na alma
Nos braços ele se acalma
Fica mansinho igual um carneiro...
O cara que está distante
Lembra seu bem a todo instante
Coração pula, o sangue esquenta
Quando o sujeito está apaixonado
Soluça, chora e fica calado
Assim não tem tatu que agüenta.

Pra quem ama não tem distancia
Não tem fronteira, o sujeito avança,
Só pra ver seu amor preferido...
Quem ama mulher casada
É perigoso na encruzilhada
Um quarenta e quatro no pé do ouvido.
O amor é cego e não tem preço,
É a dor mais triste que eu conheço
Não tem cientista quem vai dar jeito
O amor é igual um erupção
Que derrama fogo igual um vulcão
Explodindo tudo dentro do peito.

Composição: Leo Canhoto





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