Katia enveredou pelo teatro e, no começo dos anos 80, fazia parte da turma que não saía do Circo Voador, quando ele ainda estava sediado no Arpoador. Seus maiores amigos nessa época eram Cazuza e Bebel Gilberto.
A música começou cedo para a cantora. Sua mãe cantava com Egberto Gismonti e pôs a filha, ainda criança, no coro regido por Jaques Morelenbaum.
"Katia B" é o codinome de Kátia Bronstein, uma garota do leste europeu de Ipanema. Essa cantora-compositora-atriz-bailarina que já foi da Falange Moulin Rouge de Fausto Fawcet. Ela mistura as mais diversas influências em sua empreitada: Massive Attack, Portishead, Morcheeba, Astrud Gilberto, Marina Lima, Dulce Quental... Em seu primeiro trabalho solo, trip hop e bossa nova se misturam a sons de ascedência judaica para criar climas mântricos e sensuais, em composições de Herbert Vianna, Alvin L. e Dé, entre outros.
‘Só Deixo Meu Coração na Mão de Quem Pode’, lançado em 2004, pela cantora e compositora Kátia Bronstein tem arrancado elogios da crítica nacional e de revistas européias. O álbum foi licenciado no Japão e está sendo distribuído na Europa (Holanda, Bélgica, Espanha e Portugal). Mas o que é que essa carioca tem? Resposta: uma estética particular que une letras do ponto de vista feminino, teclados e beats eletrônicos sem exageros e flertes com samba e bossa nova.
Mesmo quando mais se aproxima da bossa banquinho+
violão em 'O amor em paz' Katia insere percussões e guitarras de outro universo, que não o de Jobim. A cantora reprocessa suas influências e traz para seu mundo musical.
Casada com o músico João Barone, do grupo Paralamas do Sucesso, Katia faz o estilo "cantora brasileira".
"Quando me rotulam, me colocam na prateleira de eletrônico. Mas não gosto disso. Gosto de pensar que sou uma cantora brasileira; que é influenciada por tudo", disse Katia.
Katia integrou o elenco de A Chorus Line, em São Paulo, e os de diversos outros musicais. "A música sempre foi o que me moveu", revela. Ela ainda fez com a atriz Stella Miranda a dupla musical Xicotinho & Salto Alto, e, com o falecido ator Felipe Pinheiro, gravou os primeiros filmes publicitários do casal Unibanco.
Música brasileira com toques eletrônicos é hoje quase um clichê. No final de 1999, porém, quando a cantora, compositora, atriz e bailarina Katia Bronstein lançou seu primeiro CD, 'Katia B', música brasileira com toques eletrônicos era apenas bem-vinda estranheza. Quase quatro anos depois daquela aliciante fusão de bossa nova, trip hop e música oriental, Katia reaparece com um segundo CD, 'Só deixo meu coração na mão de quem pode'. Nele, as brechas antevistas no século passado são alargadas em novas e estimulantes direções por uma cantora ainda mais segura de seu poder expressivo.
Katia Bronstein, a Katia B, é uma das poucas cantoras brasileiras que tem a perfeita noção de que um bom show não se resume à própria música ou ao rosto bonito. Os shows de Katia B - como o do...